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07/09/2017 02h07

Um ano dos Jogos Paralímpicos

CT Paralímpico se consolida como principal legado de estrutura

Mais de dez mil atletas já passaram pelas instalações para 15 modalidades em treinos e eventos. Ciclo para Tóquio é o primeiro em que o espaço será usado durante toda a preparação

Se há algo perto de ser unanimidade entre atletas, técnicos e dirigentes esportivos do movimento paralímpico é a relevância estratégica do Centro de Treinamento de São Paulo. A instalação, com estrutura de ponta para 15 modalidades, é vista como um novo patamar na qualificação da preparação dos atletas de alto rendimento e um potencial ponto a partir do qual o trabalho de base pode ser feito.

"É uma coisa magnífica, com nível de países de primeiro mundo. Acho que só vi algo nesse patamar lá fora em Barcelona, na Espanha. Subimos um nível em termos de preparação, de respeito", afirmou Guilherme Costa, medalhista de bronze por equipes no tênis de mesa na Rio 2016. Ele trocou Brasília por São Paulo depois dos Jogos Paralímpicos para usufruir das instalações.

Construído seguindo parâmetros de acessibilidade, com rampas de acesso e elevadores, a estrutura inaugurada em maio de 2016 conta com 86 alojamentos, capazes de receber entre 280 e 300 pessoas, e áreas para treinamento de atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, triatlo e vôlei sentado.

O estádio de atletismo é apenas uma das 15 praças esportivas do CT de São Paulo. Foto: CPB

"É muito completo. Aqui o atleta treina, sai da piscina e já pode entrar na reabilitação. Temos a possibilidade de avaliação biomecânica e o acompanhamento de nutricionistas e psicólogos", listou Leonardo Tomazzelo, técnico da natação.

"É muito completo. Aqui o atleta treina, sai da piscina e já pode entrar na reabilitação. Temos a possibilidade de avaliação biomecânica e o acompanhamento de nutricionistas e psicólogos"
Leonardo Tomazzelo, técnico da natação

A unidade está dividida em 11 setores, que englobam as áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia. O empreendimento recebeu investimento de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões em recursos federais. Do total do aporte do Ministério do Esporte, R$ 167 milhões foram investidos na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.

"É algo que nunca tivemos, um centro só nosso. A gente não se preocupa com nada a não ser treinar", disse Ricardinho, um dos líderes da seleção brasileira que conquistou o ouro no futebol de 5 nos Jogos do Rio de Janeiro.

De acordo com o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, a ideia nos próximos meses é dar início a uma outra ponta do projeto, que contemplará a iniciação esportiva, principalmente voltada para municípios do ABC Paulista, próximos à região do CT.

"Além do altíssimo rendimento, o CT criará oportunidades para iniciação esportiva através de nossos programas e projetos, que pretendem atender às crianças de municípios do entorno e dar oportunidades para que mais pessoas possam vivenciar as diversas modalidades paralímpicas", afirmou Mizael. 

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