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Volei

07/02/2020 15h21

Tóquio 2020

Conheça o ginásio que vai receber o vôlei e o basquete em cadeira rodas em Tóquio

Ariake Arena tem capacidade para 15 mil espectadores e foi construída com preceitos ambientais e de acessibilidade
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Fachada da Arena Ariake, em Tóquio. Foto: Tokyo 2020
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Detalhes do teto da arena, que receberá jogos de vôlei e de basquete em cadeira de rodas nos Jogos Tóquio 2020. Foto: Tokyo 2020
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Atletas japoneses fazem partida de demonstração na nova Ariake Arena. Foto: Tokyo 2020
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Atletas das seleções japonesas fizeram demonstração na Arena Ariake. Foto: Tokyo 2020
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Seleção masculina defenderá em Tóquio o ouro conquistado nos Jogos Rio 2016. Foto: Danilo Borges/ rededoesporte.gov.br
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O palco em que o vôlei masculino brasileiro defenderá o título olímpico conquistado na Rio 2016 e em que a equipe feminina tentará buscar o seu terceiro título na história foi entregue pelo Comitê Organizador de Tóquio 2020. Em um evento para três mil espectadores, a Arena Ariake foi oficialmente inaugurada na capital japonesa. Além das partidas de vôlei, o espaço vai ser utilizado pelo basquete em cadeira de rodas durante os Jogos Paralímpicos.

A estrutura foi construída pelo governo metropolitano de Tóquio e terá capacidade para 15 mil torcedores durante os megaeventos

A estrutura foi construída pelo governo metropolitano de Tóquio e terá capacidade para 15 mil torcedores durante os megaeventos. A cerimônia de inauguração reuniu esportes, cultura japonesa e atividades de entretenimento. Danças tradicionais, um show de J-Pop e apresentações de jogadores das seleções locais de vôlei e basquete em cadeira de rodas fizeram parte do programa.

O design da arena é icônico, com um teto côncavo desenhado para minimizar a necessidade de iluminação e de uso do ar-condicionado. A estrutura é dotada de painéis de captação de energia solar e equipamentos de aquecimento geotermal para reduzir as pegadas de carbono geradas pela construção do ginásio.

O complexo é formado pela arena principal e uma secundária. O layout é baseado nas diretrizes de acessibilidade determinadas para os Jogos de Tóquio 2020, com sinalização e facilidades de deslocamento adaptadas para idosos, pessoas com deficiência física, cadeirantes, famílias com crianças e deficientes visuais que precisem do auxílio de cães-guia. As mesmas diretrizes foram adotadas na construção dos banheiros, todos pensados para ter acessibilidade universal.

Depois dos Jogos, o projeto é que a Arena Ariake se fixe como um novo polo de entretenimento, esportes e cultura na capital japonesa. Após um período de adaptações arquitetônicas, a estimativa é de que o complexo seja reaberto em agosto de 2021 e passe a ser gerida por uma empresa privada em sistema de concessão.

Volta às origens

O torneio de vôlei olímpico terá 12 seleções no masculino e no feminino. Serão 16 dias de competição. A final masculina será no sábado, 8 de agosto, e a feminina no domingo, 9 de agosto, último dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A competição terá uma dose de nostalgia, já que a inclusão do esporte no programa olímpico ocorreu na edição de 1964, também disputada em Tóquio. Naquela ocasião, a seleção japonesa levou o bronze no masculino e o ouro no feminino. Pela contabilidade dos organizadores, falta apenas uma construção permanente a ser entregue. O Centro Aquático de Tóquio tem previsão de finalização ainda em fevereiro.

Rivais definidos

As seleções brasileiras de vôlei já conhecem os adversários da primeira fase dos Jogos Olímpicos. No feminino, a equipe comandada pelo treinador José Roberto Guimarães estará no Grupo A, ao lado de Sérvia, Japão, Coreia do Sul, República Dominicana e Quênia. No masculino, o time liderado pelo técnico Renan Dal Zotto fará parte do Grupo B, ao lado de Estados Unidos, Rússia, Argentina, França e Tunísia.

Pelo regulamento, as seleções se enfrentam dentro dos respectivos grupos em turno único e as quatro mais bem colocadas em cada chave passam para as quartas de final. O primeiro enfrenta o quarto colocado e o segundo pega o terceiro. Os outros grupos ficaram divididos da seguinte maneira. No feminino, o Grupo B terá China, Estados Unidos, Rússia, Itália, Argentina e Turquia. No masculino, a chave A tem Japão, Polônia, Itália, Canadá, Irã e Venezuela.

Seleção masculina defenderá em Tóquio o ouro conquistado nos Jogos Rio 2016. Foto: Danilo Borges/ rededoesporte.gov.br

Histórico consistente

Além do título conquistado nos Jogos Rio 2016, a seleção masculina do Brasil ostenta a tradição de estar em todas as finais olímpicas desde 2004, em Atenas. Na Grécia, conquistou o ouro, e em Pequim (2008) e Londres (2012) ficou com a prata. A história nacional no masculino conta ainda com a prata da geração que abriu as portas para o pódio do vôlei brasileiro, em 1984 (Los Angeles), e o primeiro ouro nacional, conquistado em 1992, em Barcelona, na Espanha.

No feminino, as meninas viveram uma enorme frustração em casa. Vinham de um bicampeonato olímpico, com os títulos de 2008 (Pequim) e Londres (2012), e chegaram cotadas ao tri nos Jogos Rio 2016. Depois de bela campanha na primeira fase, caíram diante da China nas quartas de final e ficaram fora do pódio. O histórico feminino no vôlei ainda conta com os bronzes nas edições de Atlanta (1996) e Sydney (2000).

Rededoesporte.gov.br, com informações de tokyo2020.org