Chloé Calmon fisga o ouro no longboarg e surfe sai de Lima com quatro pódios

Com mais duas medalhas no último dia de disputas do surfe, sendo mais uma de ouro, o Time Brasil encerrou a participação na modalidade que estreou em Jogos Pan-Americanos em Lima com quatro pódios. Neste domingo (4), em Punta Rocas, Chloé Calmon foi a melhor na categoria longboard, os pranchões, e Nicole Pacelli conquistou o bronze no Stand-Up Paddle wave, o surfe com remos. No total, foram quatro medalhas na modalidade. Na última sexta, Lena Ribeiro foi campeã e Vinnicius Martins ficou com a prata no SUP Race.

Nicole Pacelli, Chloé Calmon, Lena Guimarães e Vinnicius Martins: os quatro medalhistas brasileiros do surfe no Pan de Lima. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Observei muito as condições do mar e toda vez que fechava os olhos, visualizava as ondas que ia pegar. E peguei. Mais do que uma vitória para mim, é uma vitória para o surfe e para os amantes do longboard"

Chloé Calmon, ouro no longboard

"Eu sabia que ia ser uma bateria bem disputada, toda a torcida estava a favor da Maria Fernanda. Deixei todas as emoções, todos os pensamentos de medalha de lado, entrei com a cabeça fria. Tinha uma estratégia em mente. Observei muito as condições do mar e toda vez que fechava os olhos, visualizava as ondas que eu ia pegar. E peguei. Mais do que uma vitória para mim, é uma vitória para todo o país, uma vitória para o surfe e para todos os amantes do longboard", disse Chloé.

Atual líder do ranking mundial da World Surf League (WSL), Chloé venceu todas as baterias que disputou. Na grande final, superou a peruana Maria Fernanda Reyes, vice-campeã mundial, por 15,36 a 12,76. A comemoração foi da equipe brasileira e também da atleta, Miguel e Ana, que estavam na arquibancada.

"Sabia que eles estavam lá. Não tem emoção melhor do que comemorar com os dois. Cheguei como favorita e tinha muita pressão. Consegui deixar de lado e surfar bem", festejou Chloé, que para colocar a medalha de ouro no peito venceu cinco baterias. Na final, construiu o resultado logo nas duas primeiras ondas, primeiro com um 7,33 e depois um 8,03, deixando a rival precisando de 8,43 pontos.

Chloé durante uma das ondas que lhe ajudaram a conquistar o ouro no longboard. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Pontinha de frustração

"Primeiro fiquei frustrada, mas depois caiu a ficha de que estou representando o Brasil no primeiro evento de ciclo olímpico de que o stand up participa e estou levando para o Brasil a primeira medalha do stand up wave"

Nicole Pacelli

Antes de Chloé, o Time Brasil já tinha comemorado o bronze de Nicole Pacelli, que acabou superada pela campeã Isabella Gomez, da Colômbia – 14,10 a 11,56. Duas fases antes, a brasileira havia vencido a mesma Isabela. Desta vez, Nicolle saiu na frente, com 5,33, a colombiana assumiu a ponta com a melhor nota da bateria, um 7,33, mas a atleta do Time Brasil virou, com um 6,23. Houve tempo, contudo, para nova virada. Izzi cravou um 6,77.

Ela confessou que saiu chateada do mar por não ter disputado o ouro, mas vibrou com a conquista da medalha para o Brasil num momento histórico da modalidade. "Quando saí do mar, fiquei um pouco frustrada, porque como toda competidora queria ir além, mas minha bateria foi difícil. Ela é minha maior rival no Circuito Mundial. Também é campeã mundial. Essa bateria poderia ter sido uma final", disse Nicole.

"Fiquei triste, mas depois caiu a ficha de que estou representando o Brasil no primeiro evento de ciclo olímpico que o stand up participa e estou levando para o Brasil a primeira medalha do stand up wave. Isso significa muito para mim. Meu objetivo era uma medalha. Estou feliz de fazer parte dessa história. Quando comecei, nunca pensei que o SUP poderia algum dia participar de um Pan. Esse é o maior evento do stand up até hoje e estou feliz e honrada de fazer parte desse momento".

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)