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Canoagem paralímpica

17/03/2016 11h02

Canoagem Paralímpica

Canoagem paralímpica já tem três vagas garantidas para os Jogos Rio 2016

Brasileiros ainda disputam mais vagas no Mundial de Paracanoagem, em maio, na Alemanha. Entenda como se dá a classificação para os Jogos Paralímpicos

A Paracanoagem será o esporte estreante nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e contará com seis categorias: KL1, KL2 e KL3, Masculino e Feminino, todas de 200 metros. Para cada prova, são 10 vagas disponíveis e em cada uma delas é obrigatório que países de pelo menos três continentes estejam classificados. Caso isso não aconteça, o país classificado com o menor ranking cede sua vaga para o melhor ranqueado entre os continentes restantes. O Brasil, como país-sede, já tem garantida uma vaga em uma prova Masculina e outra na Feminina, mas mesmo assim ainda precisa participar dos eventos classificatórios para ter o direito de participar de outras provas. Ao conquistar uma vaga, ela substitui automaticamente a vaga garantida, não sendo possível um mesmo país ter duas embarcações na mesma prova.

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Foto: CBCa

Se um atleta conquista a vaga ele não está obrigatoriamente dentro dos Jogos. A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) fará uma análise comparativa dos atletas, levando em consideração o nível técnico de equipes internacionais. “Não serão utilizados índices para a avaliação, eles são muito subjetivos”, diz Leonardo Maiola, Supervisor do Comitê de Paracanoagem da CBCa. Serão avaliados resultados em eventos específicos, como a Mundial de Paracanoagem, que acontecerá em maio na Alemanha, além de uma bateria de exames médicos para garantir o bem-estar dos atletas selecionados. Após as avaliações, caso o atleta esteja realmente apto a participar, ele será selecionado.

O primeiro evento classificatório foi o Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem em Milão, no final de agosto, em 2015. Neste evento, 18 vagas estavam em jogo para cada gênero e as seis embarcações mais bem colocadas de cada prova garantiriam o Rio 2016. Dois atletas brasileiros asseguraram a participação brasileira em duas provas diferentes neste evento: Fernando Rufino conquistou o bronze no KL2 Masculino e Luis Carlos Cardoso foi o campeão no KL1 Masculino (Fernando Fernandes conquistou o terceiro lugar nesta prova). O segundo evento classificatório acontecerá em Duisburg, na Alemanha, no fim de maio. Lá, as 4 melhores embarcações de cada prova terão sua vaga garantida, totalizando 10 vagas disponíveis para cada prova.

Ainda de acordo com Leonardo Maiola, apesar do alto nível do Campeonato Mundial, a projeção de resultados para a equipe brasileira é positiva: “Não será um campeonato fácil, mas acredito que podemos garantir três vagas das quatro ainda disponíveis”. O técnico da equipe de Paracanoagem Thiago Puppo compartilha do otimismo para o Campeonato Mundial e aponta o principal objetivo no evento classificatório: “Nossa maior luta é conseguir a classificação no KL-3, tanto masculino quanto feminino”.

Após o Mundial em Duisburg a equipe de Paracanoagem Brasileira foca todas as atenções nos Jogos. Toda a equipe retorna para o CT da Equipe Permanente de Paracanoagem no Centro de Práticas Esportivas da USP em São Paulo, onde permanece até agosto. A partir do dia 21 de agosto iniciará a aclimatação para os Jogos com toda a delegação paralímpica do Brasil, em São Paulo. A partir de 1º de setembro a equipe treina na Lagoa Rodrigo de Freitas até o início dos Jogos Paralímpicos, com início em 7 de setembro.

Ao comentar sobre as expectativas para os Jogos Paralímpicos Thiago Pupo é categórico “No momento temos chances de medalhas na maioria das provas que já temos vaga garantida, tanto nas provas masculinas quanto nas femininas”. Segundo o técnico os atletas do KL-1 Masculino têm grandes chances de medalha, pois não há, hoje, algum atleta internacional que se destaque nessa categoria. Nas outras provas, no entanto, garantir medalhas será um pouco mais complicado. “No KL-2 o homem a ser batido é o atleta austríaco Markus Swoboda, pentacampeão mundial da categoria. Já no KL-3 as maiores ameaças são o romeno Julian Serban e o alemão Tom Kierey, atual campeão mundial da categoria no KL-3 feminino a preocupação é com a italiana Veronica Yoko Plebani”, comenta Thiago.

Fonte: Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa)