Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Brasil vence a Rússia por 4 a 2 e fecha Mundial com bronze por equipes

Judô

13/06/2021 20h11

Judô

Brasil vence a Rússia por 4 a 2 e fecha Mundial com bronze por equipes

Beatriz Souza, Maria Portela, David Moura e Ketelyn Nascimento venceram suas lutas e garantiram o terceiro pódio para o Brasil em Budapeste, neste domingo

O judô brasileiro fechou o Mundial com uma vitória emocionante, de virada, contra a forte equipe da Rússia na disputa pelo bronze da competição por equipes mistas. Beatriz Souza (+70kg), Maria Portela (70kg), David Moura (+90kg) e Ketelyn Nascimento (57kg) venceram suas lutas e garantiram o terceiro pódio para o Brasil em Budapeste, neste domingo, 13.06, último dia de disputas. Com os bronzes de Maria Suelen Altheman e de Beatriz Souza, no individual, a equipe nacional iguala o desempenho do último Mundial (2019), com três bronzes.

Equipe brasileira no pódio em Budapeste. Foto: Gabi Juan/ CBJ

Na primeira rodada, a equipe composta por Ketelyn Nascimento (57kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg), Beatriz Souza (+70kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (90kg), Rafael Macedo (90kg) e David Moura (+90kg) venceu o Cazaquistão por 4 a 3 nas oitavas de final. As vitórias neste confronto foram garantidas por David Moura, Maria Suelen, Ketelyn Nascimento e por Maria Portela, que venceu na luta de desempate.

“Acho que o Brasil merecia sair com essa medalha desse Mundial. Eu queria muito sair com uma memória boa e dei meu máximo”
David Moura

Nas quartas, o Brasil não conseguiu passar pelo Uzbequistão, e perdeu as quatro primeiras lutas, caindo para a repescagem. Seria preciso vencer a forte seleção da Geórgia para avançar à disputa pelo bronze e o time brasileiro não decepcionou. Ketelyn bateu Eteri Liparteliani por waza-ari no Golden score; Tatalashvili empatou para a Geórgia com vitória sobre Eduardo Katsuhiro; Portela recuperou a vantagem brasileira, batendo Tchanturia nas punições; Rafael Macedo venceu o campeão mundial Avtandili Tchrikshvili com um belo ippon no golden; e Bia Souza não deu chances para Somkhishvili, jogando e imobilizando a adversária para marcar o quarto e definitivo ponto do Brasil.

Na luta pela medalha, a Rússia começou melhor, com vitória de Denis Iartcev (73kg) nas punições sobre Eduardo Katsuhiro. Em seguida, Maria Portela (70kg) jogou Liluashvili, por ippon, no golden score, e deixou tudo igual, 1 a 1. No terceiro combate, Rafael Macedo (90kg) não conseguiu passar por Khusen Khalmurzaev e a Rússia retomou a vantagem no placar. Daí para frente, só deu Brasil.

Beatriz Souza (+70kg) jogou e imobilizou Daria Vladimirova até o ippon para fazer o 2 a 2. Na sequência, David Moura escapou de uma imobilização e jogou Alen Tskhovrebov para depois imobilizá-lo e garantir a virada para o Brasil. “Acho que o Brasil merecia sair com essa medalha desse Mundial. Eu queria muito sair com uma memória boa e dei meu máximo. Quando estava dois a dois eu só queria dar o meu melhor e foi o que me possibilitou sair dali. E quando a gente sai de uma imobilização, pensa: 'Agora não perco mais essa luta'. E, provavelmente, o cara pensa `perdi a chance de ganhar essa luta`. Então, acho que dá uma guinada na luta e deu uma energia para a equipe inteira”, descreveu David.

Novata em Mundiais, Ketelyn Nascimento foi quem ficou com a responsabilidade de definir o confronto. No tatame, ela demonstrou frieza e agressividade para dominar Anastasiia Konkina no chão e segurar a adversária na imobilização até o ippon que garantiu o pódio para o Brasil.

“Foi puro nervosismo e saí muito feliz, alegre. É difícil você definir uma pontuação e foi justamente o que caiu para mim. Depois que o David venceu, sobrou para mim decidir se a gente ia empatar ou ganhar. Foi uma adversária que eu nunca tinha enfrentado. Entramos com uma estratégia já montada e consegui, felizmente, a passagem de chão. Parece que tudo calhou para acontecer naquele momento. Ela virou certinho, eu consegui segurar até o fim. Dava para escutar o pessoal gritando “segura, segura”. Foi totalmente emoção como é uma competição por equipes”, descreveu Ketelyn após a conquista.

Essa foi a terceira medalha do Brasil em Mundiais por equipe. Na primeira edição, em 2017, a seleção foi prata, depois bronze, 2019, e agora bronze de novo, em 2021. Em 2020, não houve Mundial. Essa será também a nova prova do Judô em Tóquio daqui a pouco mais de 40 dias. Com o histórico de resultado, o Brasil se coloca entre os principais postulantes à inédita medalha olímpica por equipes.

Fonte: Confederação Brasileira de Judô