Brasil sai na frente, mas sofre o empate na estreia diante da Suíça

Não foi a estreia dos sonhos para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia. O Brasil chegou a abrir vantagem na Arena de Rostov com um belo chute de direita de Philippe Coutinho aos 20 minutos da primeira etapa, mas viu o meia Zuber empatar aos cinco minutos do segundo tempo, de cabeça, na única finalização perigosa que os europeus impuseram à meta do goleiro Alisson: 1 x 1.

Após a igualdade, o Brasil ainda teve chances de chegar aos três pontos com finalizações do próprio Philippe Coutinho, de Firmino e Neymar, mas sem sucesso. O resultado na Arena de Rostov deixa Brasil e Suíça empatados na segunda colocação do Grupo E, com um ponto. Isso porque mais cedo a Sérvia superou a Costa Rica por 1 x 0, na partida disputada em Samara, com um gol de Kolarov.

Golaço de Philippe Coutinho no primeiro tempo parecia abrir caminho para uma estreia tranquila. Foto: Getty Images

A segunda rodada do Grupo E será disputada na sexta-feira, dia 22. O Brasil vai até São Petersburgo para enfrentar a Costa Rica a partir das 9h (de Brasília). No mesmo dia, a partir das 15h, a Suíça encara a Sérvia. 

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O gol sofrido diante da Suíça simbolizou a quebra de uma invencibilidade da meta brasileira. A última vez que a Seleção havia sido vazada tinha ocorrido sete meses atrás, no amistoso contra o Japão, vencido pelo Brasil por 3 x 1, em Lille, na França.

O empate na estreia quebrou, ainda, uma longa sequência. A última vez que o Brasil havia iniciado um Mundial sem vencer tinha ocorrido na edição de 1978, na Argentina, numa igualdade entre Brasil x Suécia em 1 x 1. A partida ficou historicamente marcada por uma atitude polêmica da arbitragem, que terminou o jogo assim que um escanteio foi cobrado no último minuto. No complemento da jogada, Zico completou para converter o que seria o gol da vitória nacional.

Zuber sobe para conferir de cabeça o gol de empate: empurrão sobre Miranda para ganhar a jogada despertou polêmica. Foto: Getty Images

Polêmica na arbitragem

A partida em Rostov teve um componente de polêmica porque o gol do suíço Zuber veio após um lance em que o meio-campista empurrou o zagueiro Miranda instantes antes de efetuar a cabeçada e converter o gol. Os atletas do Brasil tentaram indicar ao árbitro mexicano César Ramos a possibilidade de rever o lance com o auxílio da arbitragem de vídeo, mas Ramos preferiu dar sequência ao confronto.

"Não podemos usar arbitragem como desculpa. Temos de levantar a cabeça, olhar para frente e pensar no próximo adversário"

Marcelo, lateral-esquerdo

Um pouco mais na frente, outro lance de arbitragem ocorreu quando o atacante Gabriel Jesus teria sido impedido de dominar e girar para uma conclusão a gol dentro da área. Novamente, o árbitro optou por seguir em frente. Os atletas brasileiros, contudo, preferiram não apontar a arbitragem como preponderante no resultado. "Não podemos usar isso como desculpa. Temos de levantar a cabeça, olhar para frente e pensar no próximo adversário", afirmou o lateral esquerdo Marcelo, capitão do time nessa partida de estreia.

"Eu poderia ter me jogado quando sofri o empurrão. Talvez ficasse mais claro para a arbitragem. Mas isso acontece, é do futebol. Não foi o resultado que a gente buscava, mas estamos focados no que pretendemos aqui", afirmou o zagueiro Miranda.

Tite, treinador da equipe, afirmou que não queria delegar o resultado à arbitragem, mas que não fugiria da pergunta dos repórteres. "O lance do Miranda foi muito claro, muito limpo, muito nítido. O do pênalti eu deixo como passível de interpretação, mas o do Miranda, não", afirmou o técnico. "E não, não quero que o Miranda se jogue se surgirem lances similares. Não quero que se use de simulação. Existem pessoas designadas como responsáveis pelo setor de arbitragem", completou o treinador. 

Firmino foi um dos que tentou levar o Brasil à vitória após a igualdade. Parou no goleiro Sommer. Foto: Getty Images.

Para ele, houve ansiedade do grupo em alguns momentos, em especial após sofrer o gol de empate, e a presença de aspectos emocionais que interferiram na qualidade dos últimos passes e nas finalizações dos atacantes. "A pressão foi grande. Perdemos precisão em algumas chances. O resultado disso é que fizemos 20 finalizações, mas um número muito grande para fora. Teríamos que ter feito o goleiro deles trabalhar mais", disse o treinador.

No lado suíço, o técnico Vladimir Petkovic celebrou o resultado e afirmou esperar, a partir de agora, mais reconhecimento em torno de sua equipe. "Eu espero que as pessoas nos notem mais a partir de agora. Às vezes falta um pouco de reconhecimento. Nós só perdemos uma vez nas eliminatórias e demonstramos nesta noite que esse time sempre acredita em si mesmo. Vamos jogar com a mesma consistência nos jogos que virão", disse. 

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