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Atletismo

25/08/2019 02h04

Lima 2019

Brasil fatura 40 medalhas no primeiro dia do Parapan

País confirma o favoritismo e lidera o quadro de medalhas com folga

Banner - Jogos Parapan-Americanos Lima 2019

Logo no primeiro dia, o Brasil conquistou 40 medalhas em quatro modalidades nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. O tênis de mesa contribuiu com 19 (cinco de ouro), o atletismo com 12 (quatro ouros), o judô com quatro (um ouro) e o tiro esportivo somou outras quatro medalhas (um ouro). O Parapan segue até o dia 1 de setembro. Em uma comparação com o primeiro dia de disputas de Toronto 2015, a delegação de Lima mais que dobrou a quantidade de medalhas. Há quatro anos, foram 18 pódios nas 24 horas iniciais.

Giulia Pereira, do judô, conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil no Parapan 2019. Foto: Alexandre Schneider/ CPB

Atletismo

No arremesso de peso da classe F57, o paulista Thiago Paulino quebrou o recorde mundial da prova, que era dele próprio (15m11). O arremesso de 15m26 lhe rendeu o lugar mais alto do pódio, seguido de outro brasileiro, Claudiney Batista, que registrou 11m55.

» Leia a matéria completa sobre a conquista de Thiago

Minutos mais tarde, outra brasileira aumentou a lista de recordistas mundiais no estádio de atletismo de Videna. Elizabeth Rodrigues foi a melhor no lançamento do disco da F57. A atleta natural de Santos (SP), diagnosticada com esclerose múltipla, venceu o lançamento de disco F53 com a marca de 16m67.

Quem também brilhou no início da noite fria em Lima foi a mineira Izabela Campos, também no disco, porém na classe F11 (para cegos). Ela registrou 35m32 em sua quarta tentativa, 20 cm à frente da colombiana Yesenia Maria Restrepo, e, além do ouro, estabeleceu novo recorde da competição.

O quarto ouro do atletismo veio em alto estilo. Um pódio triplo nos 200m feminino da classe T11 (cegos). A acreana Jerusa Geber, acompanhada do guia Gabriel dos Santos, cravou 25s05, à frente da potiguar Thalita Simplício ao lado do guia Felipe Veloso. O bronze ficou com a paranaense Lorena Spoladore, ao lado de Renato Ben Hur.

Ao final da primeira sessão de atletismo, as medalhas brasileiras foram assim distribuídas:

Ouro
Thiago Paulino (peso, classe F57)
Izabela Campos (disco, classe F11)
Elizabeth Gomes (disco, classe F53)
Jerusa Geber (200m, classe T11)

Prata
Thalita Simplício (200m, classe T11)
João Victor de Souza (disco, F37)
Claudiney Batista (peso, F57)

Bronze
Fábio Bourdignon (200m, classe T35)
Yeltsin Jacques (5.000m, classe T13)
Jair Souza (peso, F40/41)
Lorena Spoladore (200m, T11)
Viviane Soares (200m, T12)

Tênis de mesa

As disputas individuais do tênis de mesa terminaram com 19 medalhas brasileiras. Entre as quais, cinco foram de ouro, cinco de prata e nove de bronze.

» Leia a matéria sobre as medalhas no tênis de mesa

Ouro
Danielle Rauen (classe 8-10)
Luiz Manara (classe 8)
Joyce Oliveira (classe 4)
Paulo Salmin (classe 7)
Carlos Carbinatti (classe 10)

Prata
Aloísio Júnior (classe 1)
Claudio Massad (classe 10)
Eziquiel Babes (classe 4)
Marliene Santos (classe 2-3)
Jennyfer Parinos (classe 8-10)

Bronze
Conrado Contessi (classe 1)
Guilherme Costa (classe 2)
Iranildo Espíndola (classe 2)
Welder Knaf (classe 3)
Alexandre Ank (classe 4)
Lucas Carvalho (classe 9)
Ramon da Silva (classe 9)
Cátia Oliveira (classe 2-3)
Lethicia Lacerda (classe 8-10)

Judô

A primazia de levar a bandeira brasileira ao ponto mais alto do pódio pela primeira vez no Parapan foi de uma paulista de 19 anos, do Guarujá (SP): Giulia Pereira. Ela é da categoria até 47 quilos, mas teve de competir com judocas até 52 quilos, por falta de concorrentes em sua classe. Num formato de todas contra todas, três das quatro concorrentes eram mais pesadas que a paulista.

Giulia não se intimidou. Venceu três lutas por ippon (golpe perfeito), inclusive da medalhista paralímpica em Londres 2012, Karla Cardoso, e a última, contra a argentina Paula Gomez, por waza-ari no golden score (tempo extra).

Giulia nasceu prematura, no quinto mês de gestação, e com 30% da visão. Com o passar dos anos, perdeu completamente a acuidade. Em 2014, iniciou no judô para pessoas com deficiência visual e cegas. Em 2017, foi vice-campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em São Paulo. No mesmo ano, ficou com a prata no Campeonato das Américas adulto, igualmente na capital paulista. Compôs a seleção brasileira que disputou o Mundial do ano passado, em Portugal, mas foi eliminada na primeira luta.

"Na minha chave, eu já sabia contra quem iria lutar, porque eram todas contra todas. A final [contra a Argentina] foi difícil, uma luta que eu já sabia que seria complicada, mas graças a Deus ganhei no Golden Score", comemorou Giulia. A fluminense Karla Cardoso ficou com o bronze.

Entre homens de até 90 quilos, o potiguar Arthur Silva sofreu um waza-ari do americano Richard Ties e ficou com a prata. Thiego Marques foi bronze ao bater o canadense Justin Karn, na categoria até 60kg.

Giulia Pereira (de branco). Foto: Alexandre Schneider/ CPB

Tiro esportivo

O gaúcho Geraldo von Rosenthal foi o primeiro brasileiro a pisar no degrau mais alto do pódio no tiro esportivo em Parapans. Na pistola mista de 50m SH1, ele anotou 210.3 pontos na final e se isolou na liderança para ganhar o ouro e deixar para trás Mariano Heredia (202.6), com a prata, e o também brasileiro Sérgio Vida, bronze com 181.0. Geraldo volta a competir neste domingo na pistola mista de 50m SH1. É a primeira vez que o tiro esportivo faz parte do programa dos Jogos Parapan-Americanos.

O paulista de Sumaré Alexandre Galgani e o capixaba Bruno Stov conquistaram a prata e o bronze, respectivamente, no rifle de 10m misto SH2. Os dois representantes brasileiros ficaram atrás apenas da americana Mckenna Dahl na classificação geral.

» Leia a matéria completa sobre o primeiro dia do tiro esportivo no Parapan

Infográfico - Jogos Parapan-Americanos Lima 2019

 

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro