Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Brasil domina, vence Argentina e mantém hegemonia continental no handebol

Handebol

31/05/2018 23h42

Cochabamba 2018

Brasil domina, vence Argentina e mantém hegemonia continental no handebol

Seleção não deu chance para as tradicionais rivais na modalidade e garantiu o título dos Jogos Sul-Americanos por 26 x 12

Jogos Sul-Americanos Cochabamba 2018

A seleção brasileira de handebol feminino chegou ao Coliseu Municipal Curubamba, em Cochabamba, na Bolívia, com o dever de casa feito. Com a vaga nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 assegurada, as jogadoras encararam a final contra a Argentina, nesta quinta-feira (31.05), como início de uma nova fase. O Brasil mostrou superioridade, sufocou as adversárias e comemorou mais um título Sul-Americano, garantindo a hegemonia continental ao vencer as hermanas por 26 x 12.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

"Mais uma final e sempre dá um frio na barriga. Teve alguns momentos em que perdemos um pouco o foco, mas voltamos ao jogo e não deixamos as jogadoras da Argentina pensarem que poderiam ganhar. A rivalidade sempre vai existir entre os dois países, mas mostramos que estamos no caminho certo", disse a armadora Deonise Fachinello, uma das jogadoras mais experientes da equipe.

A conquista desta quinta-feira (31.05) foi o primeiro título do novo técnico da seleção, o espanhol Jorge Dueñas. Ele está na fase de observação e de montagem da equipe no ciclo para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Os Jogos Sul-Americanos foram o principal torneio do handebol brasileiro em 2018.

"Os Jogos Sul-Americanos foram difíceis para nós, porque tivemos pouco tempo de treinamento, sem falar dos desfalques por lesões que tiraram algumas atletas. A equipe estava focada no trabalho defensivo. As goleiras trabalharam bem, com muito controle. O título foi resultado desse trabalho", analisou Jorge Dueñas. Ele tem no currículo uma medalha olímpica de bronze em Londres 2012 à frente da Espanha, a prata do Europeu de 2008 e o bronze no Mundial de 2011.

handebol_31maio2018_abelardomendesjr1130b.jpg
Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

O Brasil atuou nos Jogos Sul-Americanos com dois desfalques por lesões: Duda Amorim, melhor jogadora do mundo em 2014, e Ana Paula Rodrigues. Das 16 jogadoras da seleção no evento, 11 recebem o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

A Seleção está bem diferente daquela que conquistou o Campeonato Mundial da Sérvia, em 2013, e representou o país no Rio 2016, eliminada nas quartas de final. O desafio é mesclar a nova geração com jogadoras que fizeram parte da melhor safra do handebol feminino, casos de Deonise, Duda e Babi, que seguem no elenco.

O jogo

Brasil entrou em campo com Barbara, Deonise, Danielle Joia, Mariana Costa, Dayane, Patrícia e Tamires. A equipe mostrou superioridade desde o início. O primeiro gol saiu no ataque da armadora Jaqueline. A cada gol do Brasil, a defesa bloqueava a tentativa argentina de descontar. Com isso, a vantagem chegou a sete pontos: 10 x 3.

Como todo confronto entre Brasil e Argentina, mesmo com domínio verde e amarelo, o clima de tensão era evidente, com faltas exageradas dos dois lados. A torcida brasileira, em grande número no ginásio, ajudava a inflamar o ambiente. O primeiro tempo terminou em 12 x 5.

No segundo tempo, o domínio brasileiro continuou. A cada defesa da goleira, a torcida gritava: "Uh, uh, é paredão!" Assim, a noite fria de Cochabamba se rendeu ao calor da seleção brasileira de handebol. O Brasil fechou a partida em 26 x 12.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Campanha

No caminho até o título sul-americano, a seleção estreou com vitória sobre o Paraguai, por 33 x 16. No segundo jogo, superaram o Uruguai, por 25 x 15. A vaga na final foi garantida após vencer o Chile: 30 x 16.

A medalha de bronze foi disputada entre Chile e Paraguai. As paraguaias, consideradas uma equipe emergente no cenário internacional, foram superadas pelo Chile por 31 x 25. 

Com o fim do torneio feminino, a seleção masculina entra em quadra. A estreia será neste sábado (02.06), contra o Peru. O time está no Grupo A, ao lado de chilenos e bolivianos.

Caminho até Tóquio 2020

A Federação Internacional de Handebol (IHF) já definiu os critérios de classificação para Tóquio 2020. Ao todo, serão 12 países disputando a chave masculina e 12 na feminina. País-sede, o Japão é o único garantido. As 11 vagas restantes serão do campeão Mundial de 2019, dos títulos continentais (Jogos Pan-Americanos de 2019, para o Brasil) e outras seis nos pré-olímpicos realizados em março de 2020.

Jogadoras da seleção brasileira em Cochabamba

Bárbara Elisabeth Arenhart (Goleira - Club Vaci Nkse)
Ana Claudia Bolzan e Silva (Ponta Esquerda - Pinheiros)
Francielle Gomes da Rocha (Central - Herkules/Guarulhos)
Bruna Aparecida Almeida de Paula (Armadora Direita - Fleury Loiret Handball)
Danielle Cristina Jóia (Central - Pinheiros)
Dayane Pires da Rocha (Ponta Esquerda - Molde HK Elite)
Deonise Fachinello (Armadora Direita - CS Magura Cisnadie)
Jaqueline Anastácio (Armadora esquerda - Polatli Belediye Spor Kulübü)
Gabriela Gonçalves Dias Moreschi (Goleira - Larvik Handball Klubb)
Jessica Quintino Ribeiro (Ponta Direita - HC Odense A/S)
Jessica Silva de Oliveira (Goleira - São Bernardo/Unip)
Mariana Costa (Ponta Direita - CS Magura Cisnadie)
Patricia Batista da Silva (Armadora Direita - Club Thüringer HC)
Patricia Matieli Machado (Central - Vistal Gdynia)
Tamires Anselmo Costa (Pivô - Pinheiros)
Tamires Morena de Araujo (Pivô - Larvik Handball Klubb)

Confira mais fotos da conquista brasileira no handebol feminino. Disponíveis para uso editorial gratuito

Handebol - 31.05.2018 - Jogos Sul-Americanos Cochabamba 2018

 

Breno Barros, de Cochabamba, na Bolívia – rededoesporte.gov.br