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Tiro com arco paralímpico

18/02/2020 09h55

Tiro com arco

Antes do Parapan, Jane Karla afina pontaria no CT Paralímpico de São Paulo

Competição continental será na cidade de Monterrey, no México, entre 22 e 29 de março

Com foco nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, a goiana Jane Karla, do tiro com arco, deu início a um período de treinamentos no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O próximo desafio esportivo da atleta da classe ARW2 será o Parapan, entre os dias 22 e 29 de março, na cidade de Monterrey, no México. A atleta ainda vai disputar as etapas do Mundial em Tucson, nos Estados Unidos, em abril, e em Nové Mesto, República Tcheca, em junho, antes da principal competição do esporte paralímpico, em Tóquio.

Jane Karla tem agenda repleta de eventos no primeiro trimestre de 2020. Foto: Miriam Jeske/ rededoesporte.gov.br

Jane ficará no CT até 22 de fevereiro e, neste período, fará duas sessões de treinos diariamente, além de cumprir a agenda com exames médicos e exercícios de fisioterapia. "Como é um esporte de precisão, necessito sempre estar em treinamento. Qualquer detalhe pode fazer a diferença na competição. O CT dispõe de toda a infraestrutura que o atleta precisa, como alojamento, área médica, de fisioterapia, é um sonho. O espaço é muito favorável para o deslocamento de cadeirantes como eu", aponta Jane Karla, que teve poliomielite na infância e só conheceu o paradesporto aos 28 anos.

"Como é um esporte de precisão, necessito sempre estar em treinamento. Qualquer detalhe pode fazer a diferença na competição. O CT dispõe de toda a infraestrutura que o atleta precisa, como alojamento, área médica, de fisioterapia, é um sonho"
Jane Karla

A atleta buscará manter o embalo de bons resultados após quebrar o recorde mundial indoor pela terceira vez em janeiro de 2020. Pela fase classificatória do Torneio de Nimes, na França, ela marcou 582 pontos no tiro com arco composto paralímpico e superou a própria marca obtida em 2019, em Roma.

Jane quer aproveitar o período no CT para regular o equipamento e adaptar a sua técnica para as disputas ao ar livre, como será o Parapan da modalidade. "O CT me proporciona a possibilidade de treinar em grandes espaços abertos e, com isso, enfrentar fatores climáticos como sol, vento, chuva, aspectos que vou precisar lidar nas próximas competições", explica.

Ex-atleta de tênis de mesa, Jane Karla aponta a experiência anterior como um dos seus diferenciais para enfrentar as atletas da Inglaterra e dos Estados Unidos, suas principais concorrentes na modalidade em geral. "Com certeza, os meus 11 anos como atleta de tênis de mesa contribuíram muito com a melhora da minha concentração no tiro com arco", finaliza.

Um dos legados dos Jogos Rio 2016, estrutura do CT Paralímpico de São Paulo é considerada uma das melhores do mundo. Foto: André Motta/ rededoesporte.gov.br

Estrutura do CT

Inaugurado em 23 de maio de 2016, o CT ocupa uma área de 95 mil metros quadrados e conta com piscina coberta com dimensões olímpicas e arquibancada para mil torcedores. O ginásio multiuso que fica ao lado da piscina é frequentemente usado para goaball, basquete em cadeira de rodas e badminton, e a estrutura conta ainda com campos de futebol de cinco (para deficientes visuais) e de futebol de sete (paralisados cerebrais).

O atletismo tem à disposição uma pista de Certificação 1 da Federação Internacional de Atletismo e arquibancada para mil torcedores, além de pista indoor para aquecimento. Completam a estrutura as quadras de tênis em cadeiras de rodas, os espaços para bocha, judô, tênis de mesa, halterofilismo e taekwondo, além das áreas de fisioterapia e regeneração física de atletas, e de um alojamento com 86 apartamentos e capacidade para quase 300 hóspedes.

O investimento total foi de R$ 305 milhões, com 187 milhões do então Ministério do Esporte e o restante do governo de São Paulo. A gestão é feita pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro