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Canoagem

25/07/2021 05h18

TÓQUIO 2021

Ana Sátila abre a disputa da canoagem slalom com vaga para a semifinal no K1

Brasileira volta a competir na terça-feira (27.07) na prova. Na quarta (28.08), ela disputa as classificatórias do C1 e e Pepê do K1

A mineira Ana Sátila foi a primeira representante da canoagem slalom brasileira a se apresentar nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Neste domingo (25.07), sob o forte calor da capital japonesa no Centro de Canoagem Slalom de Kasai, a canoísta disputou a fase classificatória da prova de caiaque K1 e avançou para a semifinal com a quinta melhor performance na primeira descida e o sétimo melhor tempo na segunda bateria, entre as 27 atletas.

Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
“Estou muito feliz com a minha participação. Não poderia ter sido melhor. Consegui melhorar muito na segunda descida, que é o nosso objetivo. A gente passa pela semifinal e depois a final, que é mais importante. Eu vim muito focada, muito preparada, e estou contente com o meu trabalho até agora”
Ana Sátila, canoísta

Ana Sátila, que além do K1, disputa no Japão a prova da canoa individual (C1). A delegação brasileira da modalidade slalom tem apenas dois representantes em Tóquio e o outro é Pedro Gonçalves, o Pepê, que compete na K1 individual.

Nesta terça-feira (27.07), Sátila volta a encarar a descida na pista do Kasai Canoe, já para brigar por uma medalha no K1, já que a disputa da semifinal é seguida pela final, que em a participação de dez atletas. Na quarta-feira (28,07), Sátila disputa a fase classificatória do C1, juntamente com Pepê, que compete na mesma prova, no masculino.

Classificada para uma semifinal, Ana Sátila já sabe a estratégia a ser adotada para os próximos desafios: “Descanso faz parte sempre. Também muita análise de vídeo. Eu e meu técnico temos uma sintonia muito grande. A gente já tem o nosso cronograma até o dia da competição. Aqui acaba sendo muito fácil, por você ter mais tempo. Normalmente em Copa do Mundo, Mundial, como eu faço as duas categorias (K1 e C1) é muita correria. Então agora é ter muito foco, continuar concentrada, descansar o máximo e preparar a cabeça”, explicou a brasileira, que disse que existem muitas semelhanças entre o canal japonês e o de Deodoro, onde ela treina e que recebeu as provas no Rio 2016, e que isso facilitou sua competição.

“Está sendo um momento incrível para mim. Acho que conseguimos fazer uma adaptação muito boa chegando um tempo antes. Claro que o calor e o clima estão sendo muito difíceis, mas nada comparado a dezembro no Rio de Janeiro, então eu acho que a gente já chega com uma vantagem muito grande. É difícil, mas nada fora do normal e acaba sendo uma vantagem. E a pista lembra muito o nosso canal de Deodoro. Então eu me sinto em casa um pouco”, declarou.

Sexto colocado nos Jogos do Rio 2016, Pepê já avisou que desembarcou no Japão para brigar por um pódio. “Minha expetativa não tem conversa: é medalha. No Rio 2016 eu cheguei a uma final olímpica inédita, entre os seis primeiros colocados. Foi um resultado que para mim valeu como se fosse uma medalha naquele momento, mas hoje estou aqui para buscar a medalha. É lógico que se tratam dos Jogos Olímpicos, não é uma competição como outra qualquer. Todo mundo se preparou tão bem quanto eu, mas estou aqui com a expectativa da medalha”, diz o paulista.

Investimentos federais

Por meio do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal, entre 2017 e 2020 foram investidos R$ 2,86 milhões na concessão de 121 bolsas para atletas da canoagem slalom.

História

A canoagem slalom estreou nos Jogos Olímpicos na edição de Munique 1972, mas só retornou ao programa dos Jogos 20 anos depois, em Barcelona 1992. Desde então, está presente em todas as edições. O Brasil nunca subiu ao pódio olímpico na modalidade.

Nos Jogos de Tóquio, a competição será entre 25 e 30 de julho, no Centro de Canoagem Slalom de Kasai. O Brasil conta com duas estruturas de ponta para o esporte, uma edificada no Canal de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), que foi reformada para o ciclo dos Jogos Rio 2016. A outra está no Parque Radical de Deodoro, no Rio de Janeiro, e foi utilizada nas disputas olímpicas na capital fluminense. A pista ficou como legado para a modalidade e é utilizada pela seleção permanente e para competições nacionais e internacionais.

Canoagem Slalom - Jogos Olímpicos de Tóquio

Fonte: Luiz Roberto Magalhães, de Tóquio, no Japão – rededoesporte.gov.br