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Atletismo

14/09/2021 18h10

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Alison dos Santos encerra temporada incrível com mais um ouro

Medalhista de bronze em Tóquio, atleta de 21 anos venceu nesta terça os 400m com barreiras do Galà dei Castelli, etapa da série prata do World Athletics Continental Tour, na Suíça

Com mais uma vitória expressiva, Alison dos Santos (Pinheiros) encerrou nesta terça-feira (14.09) a temporada de 2021. Ganhador da medalha de bronze na prova mais rápida da história dos 400m com barreiras em Jogos Olímpicos, o paulista de 21 anos venceu a 11ª edição do Galà dei Castelli, etapa da série prata do World Athletics Continental Tour, disputada na cidade de Bellinzona, na Suíça. Alison marcou 48s15 para ganhar mais um ouro no ano. Rasmus Magi, da Estônia, ficou em segundo, com 48s53, seguido do alemão Emil Agyekum, com 49s15.

Foto: Rodolfo Vilela/ rededoesporte.gov.br

Com o fim da temporada, o treinador Felipe de Siqueira pôde fazer um balanço de 2021. Alison quebrou seis vezes o recorde sul-americano, correu oito vezes abaixo dos 48 segundos – fato inédito no atletismo brasileiro – e obteve a terceira melhor marca da história na conquista do bronze em Tóquio (46s73).

“Conseguimos atingir todos os objetivos propostos. A meta era melhorar a marca pessoal e conseguir o melhor resultado na final da Olimpíada. Ele conseguiu sempre ficar entre os melhores”
Felipe de Siqueira, técnico de Alison

“Conseguimos atingir todos os objetivos propostos. A meta era melhorar a marca pessoal e conseguir o melhor resultado na final da Olimpíada. Ele foi regular, correndo sempre provas boas e fortes, junto com seus principais adversários”, lembrou Felipe. “Ele conseguiu sempre ficar entre os melhores.”

Bellinzona fechou um ano muito bom, de muito crescimento, segundo o treinador. “Depois da Olimpíada, ele descansou um pouquinho no Brasil e voltou para os últimos compromissos na Europa. Como planejado, a meta era de buscar colocação, chegar à frente nessas últimas provas, e conseguiu”, disse Felipe, destacando que Alison terminou em segundo na final da Liga Diamante, dia 9 de setembro, em Zurique (SUI). Ele só foi superado pelo norueguês Karsten Warholm, recordista mundial, bicampeão mundial e campeão olímpico.

Felipe lembra que o ciclo olímpico foi pesado, principalmente pelas adversidades impostas pela pandemia da COVID-19. “Agora ele terá merecidas férias e em meados de outubro começa o ciclo até 2024. Em 2022, já teremos o Mundial do Oregon, depois os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e em seguida a Olimpíada de Paris 2024, quando o objetivo é chegar à melhor forma possível.”

MARCAS DE ALISON EM 2021

46s73 – bronze na Olimpíada de Tóquio (JPN) - 3/8 *
47s31 – semifinal da Olimpíada de Tóquio (JPN) - 1/8 *
47s34 – Liga Diamante de Estocolmo (SWE) - 4/7 *
47s38 – Liga Diamante de Oslo (NOR) - 1/7 *
47s51 – Liga Diamante de Mônaco (MON) - 9/7
47s57 – Liga Diamante de Doha (QAT) - 28/5 *
47s68 – Walnut (USA) - 9/5 *
47s81 – final da Liga Diamante de Zurique (SUI) - 9/9
48s15 - Des Moines (USA) - 24/4
48s23 – Liga Diamante de Bruxelas (BEL) - 3/9
48s42 – preliminar da Olimpíada de Tóquio (JPN) - 30/7
48s50 - Chorzow (POL) - 5/9
49s56 - Azusa (USA) – 10/4

* Recordes sul-americanos

Outro patamar

Em 2021, Alison retomou a evolução de 2019. No dia 9 de maio, em Walnut, nos Estados Unidos, bateu os recordes brasileiro e sul-americano, com 47s68. O recorde brasileiro anterior era de Eronilde Araújo, com 48s04, desde 1995, e o sul-americano era do panamenho Bayano Ali Kamani, com 47s84, desde 2005. Depois foram mais cinco recordes.

O paulista de São Joaquim da Barra tem consciência de que mudou seu patamar no atletismo mundial, depois de um ano repleto de bons resultados. “Agora sou medalhista olímpico, inicio outra etapa da vida, vou ser visto de maneira diferente, inspirar mais pessoas. Fico muito feliz.”

Sétimo no Mundial de Doha e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima – ambas competições disputadas em 2019, o atleta de dois metros de altura e 76 quilos ficou mais de um ano sem competir – de 30 de setembro de 2019, quando fez a final do Mundial, até 10 de abril de 2021, data em que competiu em Azusa, nos Estados Unidos.

Além dos 400m com barreiras, Piu teve um desempenho fundamental na conquista da medalha de prata no revezamento 4x400 m misto, no início de maio, no Mundial da Silésia, na Polônia, quando fechou a prova. Ele recebeu o bastão na quinta colocação e cruzou em segundo lugar.

A pandemia da COVID-19 interrompeu a evolução demonstrada em todo o ano de 2019, quando bateu sete vezes o recorde sul-americano da categoria sub-20, culminando com a marca de 48s28 em Doha. No final de 2020, quando se preparava para estrear na temporada, acabou contaminado pelo coronavírus e não pôde participar do GP Brasil e do Troféu Brasil em dezembro.

Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)