Londres-2012
A melhor da históriaOs Jogos Paraolímpicos de Londres serviram para reforçar a condição do Brasil como uma das potências mundiais do paradesporto. Embora no total de medalhas conquistadas tenha havido uma pequena redução em relação à campanha de Pequim-2008 (quando o Brasil somou 47 pódios), o número de medalhas de ouro arrebatados pelos brasileiros na capital inglesa foi o maior de todos os tempos. Em Atenas-2004, foram 14 ouros. Em Pequim-2008, 16. Em Londres, o Brasil faturou 21 ouros. O número de medalhas de prata manteve-se igual ao de Pequim (14) e apenas nas conquistas de bronze ocorreu uma redução, passando de 17 na China para 8 em Londres. Com isso, o Brasil terminou sua participação com 43 medalhas, na 7ª colocação, a melhor de sua história. Para os Jogos Paraolímpicos de 2016, o objetivo é que o país suba ao menos mais duas posições e termine sua participação entre os cinco melhores do mundo no paradesporto. Nascido em Campinas (SP), em 24 de maio de 1988, o nadador Daniel Dias viveu, em Londres, sua melhor participação nos Jogos Paraolímpicos. Se em Pequim-2008 sua apresentação já havia sido formidável, com nove medalhas conquistadas, das quais quatro foram de ouro, na capital inglesa sua performance foi ainda mais arrebatadora. O paulista nadou seis provas individuais e simplesmente venceu todas. Foram seis ouros na classe S5 (limitações físico-motoras), nas provas dos 100m peito, 50m costas, 50m borboleta e 50m, 100m e 200m livres. Assim como ocorreu em 2009, quando foi agraciado com o Laureus, o Oscar do esporte, como o melhor atleta com deficiência por seu desempenho em Pequim, Daniel Dias voltou a receber o prêmio em 2013 por suas conquistas em Londres, coroando, assim, uma carreira magnífica na natação paraolímpica, na qual já soma 15 medalhas nos Jogos, sendo 10 de ouro. CPB/Divulgação
Daniel Dias levou o ouro em todas as provas individuais que disputou
Outro momento marcante dos Jogos Paraolímpicos de Londres ocorreu no atletismo, na prova dos 200m da classe T44 (para amputados). Na final, o sul-africano Oscar Pistorius era considerado o favorito. Campeão paraolímpico da prova em Atenas-2004 e Pequim-2008, Oscar já havia feito história devido à sua participação, semanas antes, nas Olimpíadas de Londres, onde tinha avançado à semifinal nos 400m e se classificado para a final do revezamento 4 x 400m. Mas quando a prova dos 200m terminou nas Paraolimpíadas, não foi Oscar Pistorius quem comemorava. O vencedor foi o brasileiro Alan Fonteles. Nascido em Marabá (PA), em 21 de agosto de 1992, Alan triunfou com o tempo de 21s45. Pistorius ficou com a prata (21s52) e o norte-americano Blake Leeper foi o bronze (22s46). Um ano depois, em 2013, Alan Fonteles se consagraria como o grande velocista paraolímpico do momento. Em julho, durante o Campeonato Mundial de Atletismo Paraolímpico, disputado em Lyon, Alan conquistou a medalha de ouro nos 100m, 200m e 400m. De quebra, ele é o atual recordista mundial dos 100m e dos 200m. CPB/Divulgação
Alan Fonteles venceu o favorito Oscar Pistorius nos 200m T44
Outro que repetiu o sucesso de Pequim-2008 foi o nadador André Brasil. Nascido no Rio de Janeiro, em 23 de maio de 1984, André vinha de quatro conquistas douradas na China. Em Londres, ele somou mais três ouros à sua coleção ao triunfar, na classe S10 (limitações físico-motoras), nos 50m e 100m livres e nos 100m borboleta. Além dos ouros, André faturou a prata nos 100m costas e nos 200m medley, contribuindo de forma muito importante para o sucesso do país no quadro de medalhas. Nascida em Betim (MG), em 3 de outubro de 1978, Terezinha Guilhermina já tinha quatro medalhas paraolímpicas no currículo quando desembarcou em Londres. Em Atenas-2004, ela havia conquistado o bronze na classe T12 (deficientes visuais) nos 400m e, em Pequim-2008, voltou a conquistar o bronze na prova, tendo sido, ainda, ouro nos 200m e prata nos 100m. Em Londres, entretanto, Terezinha reforçou sua condição de grande velocista e faturou a medalha dourada nos 100m e 200m, contribuindo, assim, para o brilho do Brasil na Inglaterra. CPB/Divulgação
Terezinha faturou mais dois ouros para o Brasil em Londres
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Classificação por total de medalhas* Ouro – Atletismo Terezinha Guilhermina (100m e 200m, classe T11), Alan Fonteles Cardoso Oliveira (200m, classe T44), Shirlene Coelho (arremesso de dardo, classe F37/38), Felipe Gomes (200m, classe T11), Yohansson Nascimento (200m, classe T46), Tito Sena (maratona, classe T46) – Bocha Dirceu Jose Pinto (individual, classe BC4), Maciel Sousa Santos (individual, classe BC2), Dirceu Jose Pinto e Eliseu dos Santos (duplas, classe BC4) – Futebol de 5 Time: Marcos José Alves Felipe, Raimundo Nonato Alves Mendes, Daniel Dantas da Silva, Cássio Lopes dos Reis, Fabio Ribeiro Vasconcelos, Ricardo Steinmetz Alves, Jeferson da Conceição Goncalves, Gledson da Paixão Barros, Severino Gabriel da Silva e Emerson de Carvalho – Natação Daniel Dias (100m peito, 50m costas, 50m borboleta e 50m, 100m e 200m livres, classe S5), André Brasil (100m borboleta e 50m e 100m livres) – Esgrima em cadeiras de rodas Jovane Silva Guissone (individual B) |